
2018
EUA
124 min
Direção: Anna Boden, Ryan Fleck
Elenco: Brie Larson, Samuel L. Jackson, Ben Mendelsohn, Jude Law, Lashana Lynch, Annette Bening
Carol Danvers (Brie Larson) é uma ex-agente da Força Aérea norte-americana, que, sem se lembrar de sua vida na Terra, é recrutada pelos Kree para fazer parte de seu exército de elite. Inimiga declarada dos Skrull, ela acaba voltando ao seu planeta de origem para impedir uma invasão dos metaformos, e assim vai acabar descobrindo a verdade sobre si, com a ajuda do agente Nick Fury (Samuel L. Jackson).
Não. Não é o pior filme da Marvel Studios - os dois Homem-Formiga e o primeiro Capitão América são legais, mas inferiores a este -, que na verdade, até hoje não fez um filme ruim.
Dito isso, o filme tem alguns problemas, sim. A história de origem, a relação com o pai, colegas de aeronáutica, amizade com Maria Rambeau e Dra. Wendy Lawson, não consegue impactar como por exemplo em Pantera Negra. Evidentemente, isso é um problema da direção, meio frouxa, que passa longe dos melhores trabalhos que o já estúdio nos apresentou.
O trabalho da Brie Larson até por causa disso, parece não encontrar ainda 100% da personagem. Talvez em Vingadores: Ultimato, sob a batuta dos Irmãos Russo, infinitamente superiores a Anna Boden e Ryan Fleck, possa mostrar um desempenho compatível com seu grande talento.
Só que o filme tem um roteiro bem legal, redondinho e ainda com uma boa virada, surpreendendo especialmente aqueles que acompanham os quadrinhos há mais tempo (spoiler alert - marque o texto para ler o trecho faltante) por jamais esperar que os Skrulls sejam os oprimidos. É uma alteração interessante no cânone e não me incomodou. Como o próprio Kevin Feige já deixou aberto que, assim como temos humanos bons e outros maus, com essa raça alienígena pode se dar o mesmo e assim, termos Skrulls vilões, meu lado gibizeiro velho fica satisfeito.
Sam Jackson talvez esteja um pouco alegrinho demais, não é bem o personagem que conhecemos desde que se apresentou na cena pós-créditos do primeiro Homem de Ferro (ok, são 13 anos de diferença entre Capitã e HF na cronologia, as pessoas mudam, mas talvez nem tanto). Mas ele sempre manda muito bem e aqui não é diferente, mostrando um humor cínico, mas também sendo o agente durão o qual nos acostumamos.
No fim das contas, é bem divertido e se não é tão bom quanto as últimas pérolas que o estúdio vem nos brindando, é uma boa porta de entrada para novas e melhores aventuras com uma ótima personagem.
Nota: 7.5
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