David Coimbra. RS: LP&M, 2004. 272 pgs. Estreia em romances do grande cronista da Zero Hora e Estrela Móvel do Pretinho Básico, David Coimbra . Com sua escrita envolvente e veloz, com frases curtas à la Hemmingway, ele conta a história verídica do medonho crime da Rua do Arvoredo, onde em 1864, José Ramos e Catarina Palse fizeram o terror imperar na cidade de Porto Alegre. Para quem não conhece o causo , os assassinos eram donos de um açougue e utilizavam suas vítimas para fazer linguiça, que pelos relatos da época, era a mais famosa da Província, tranformando inadvertidamente toda a população portoalegrense em incautos canibais. Com uma mistura perfeita de suspense, ambientação histórica e pitadas de humor, o autor nos conta o fatídico episódio com extrema habilidade do início ao fim. E ao seu favor, ele tem uma qualidade que faltou a Jô Soares, por exemplo, em Assassinatos na Academia Brasileira de Letras , que é a de não se tornar pedante na caracterização da cidade e do país na...
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