
A 1ª edição deste livro data de 1955 e é considerado por muitos, a precursora dos romances modernos, que misturam ficção com fatos históricos e um ritmo mais ágil.
Maurice Druon, membro da Academia Francesa (inspiração da nossa ABL) foi multipremiado por esta heptalogia sobre as relações conturbadas entre Inglaterra e França durante os séculos 14 e 15 (período da Guerra dos Cem Anos, que na verdade durou 116).
Este primeiro livro trata do final do reinado francês de Felipe, o Belo, aquele que mandou exterminar os Cavaleiros Templários pra ficar com o dinheiro deles, como bem contou o recente e mais ou menos lido, Código da Vinci.
Histórias de traição, conchavos imorais, relação Igreja/Estado, dinheiro, tudo isto está presente na obra, extremamente bem construída pelo autor.
A reconstituição histórica é impecável e as notas finais sobre detalhes da época e o anexo que fala sobre os personagens, ajudam bastante no transcorrer da leitura, pois são muitos personagens interrelacionados.
Tem um problema, que é o de ser meio anticlimático, pois o evento principal, sobre o qual, gira o maior número de persongens simultaneamente, termina meio cedo no livro. E os eventos posteriores, embora imprescindíveis para fechar o ciclo proposto no livro - o da "Maldição dos Templários", são menos impactantes e tiram um pouco do ótimo ritmo que ele tem desde o início.
Mas no fim das contas, é uma baita leitura - eu sou fascinado por História e amo este tipo de trabalho. Já estou louco pra ler os outros 6!
Nota: 8,5
PS.: Pra quem não é muito de ler, essa heptalogia virou uma série de 5 episódios na tv francesa (que, óbvio, eu já baixei pra ver) em 2005, com atores bem consagrados como Jeanne Moreau e Gerárd Depardieu e foi muito elogiada.
Parece ser boa alternativa.
Comentários
Melhor ficar com o livro mesmo