
EUA/Reino Unido, 2008 - 119 min
Drama
Direção: Sam Mendes
Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Kathy Bates, Michael Shannon
Filme denso. Esse é o adjetivo que toca para mim.
Provavelmente para muitos outros, pesado e triste. Mas o que ninguém poderá, é ficar indiferente a ele.
A trama gira em torno de um casal (um banho de interpretação do casal Caprio/Winslet de Titanic) em crise existencial, que começa a rever suas vidas, esperanças, sonhos. Nisso, o filme começa a chocá-los o tempo todo com a vida propriamente dita, com seus obstáculos, tentações e responsabilidades das quais não se pode fugir.
A mão certeira de Sam Mendes te pega pelo estômago e quando se quer virar os olhos para aquelas vidinhas pequenas, é que ele nos faz pensar o quanto temos em comum - por mais que isso nos doa - com os personagens apresentados.
O personagem John (Shannon, indicado ao Oscar de ator coadjuvante, excelente), o "louco", sendo o único a perceber a realidade e expô-la a todos à sua volta, sem as amarras sociais que nos autoimpusemos, faz o papel daquela dorzinha incômoda que nos indica que algo está errado, mas que fazemos de conta que é melhor esquecer e deixar de lado.
Talvez o filme pudesse ter terminado antes, sem tantas explicações, ou desdobramentos, podendo dar ao espectador suas próprias interpretações sobre o futuro (?) dos personagens, mas esse filme é uma experiência tão purgadora, que talvez tenha sido difícil para os autores que não fosse finalizado dessa forma.
Dizem que foi o grande injustiçado do Oscar 2009. Talvez por tudo isso que nos faz pensar, não é todo mundo que o digere tão bem e a Academia não tenha dado tanto valor a ele.
Nota: 8,0
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