
Coreia do Sul, 2009 - 133 min
Terror / Romance / Drama
Direção: Park Chan-wook
Filme de vampiro totalmente inusitado do diretor do genial Oldboy.
Na verdade, categorizar como "filme de vampiro", é até difícil, pois não tem nessa temática seu ponto central. Não veremos dentes pontudos, alhos, cruxifixos e coisas desse tipo. É mais como uma complexa viagem aos instintos animais do ser humano. Meio viajão, né? Mas, é bem por aí.
No filme, um padre insatisfeito com o alcance do seu trabalho, se submete a um experimento que tenta achar a vacina contra um vírus letal. Porém, ele reage mal à substância e só escapa da morte depois de receber uma transfusão de sangue. Como ele foi o único a sobreviver entre os voluntários, a população começa a tratá-lo como santo.
Óbvio: essa transfusão o transformou em vampiro.
Mas aí é que está a diferença para os clássicos. O estado de vampirismo aqui é uma espécie de supervaloração do corpo físico; cheiros, sabores, sons, tudo é amplificado em muitas vezes. Agilidade, força física, tudo que é mais primordial, animal é exaltado nesse estado.
Por isso, a sede de sangue. Aqui, o vampiro é um homem em estado bruto, selvagem, potencializado pelas novas habilidades.
E claro, nisso, o sexo não poderia ficar de fora...
Nesse contexto é que o filme fica mais interessante, com o conflito interno do padre e seus sentimentos por uma amiga de infância - evidentemente, cheia daquela maldade feminina, pronta para desvirtuá-lo a qualquer instante.
É cheio de fetiches, personagens multifacetados e algumas doideiras, entretanto segue um trama lógica, ficando longe das psicodelias de um David Linch.
Nota: 6,5
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