
De saco cheio da maioria dessas comédias românticas atuais, todas meio que padronizadas, naquele esqueminha casal-se-conhece-se-apaixona-briga-faltando-vinte-minutos-para-o-fim-do-filme-mas-fica-junto-no-final, resolvi buscar uma antiguidade de respeito para botar ordem na casa.
Audrey Hepburn ganhou o Oscar por este filme e não poderia ser por menos. Ela e o grande Gregory Peck constroem uma química perfeita, das melhores que já vi no gênero.
E ainda por cima tem a batuta do espetacular William Wyler - também diretor das obras-primas O Morro dos Ventos Uivantes e Ben-Hur. Só podia dar boa coisa.
Foi indicado para 10 Oscars incluindo Melhor filme, mas ganhou apenas 3: Melhor Atriz, melhor figurino e roteiro original.
Houve a ideia de se realizar uma continuação do filme nos anos 70 (e a premissa era ótima, mas é spoiler para quem não viu este aqui, então não posso contar...), mas a ideia nunca saiu do papel.
Que pena.

EUA, 1953 - 118 min
Romance
Direção: William Wyler
Elenco: Audrey Hepburn
Uma princesa irritada com o supercontrole que vive, decide durante uma visita à Roma, fugir na calada da noite. Nas ruas da capital italiana, ela acaba se envolvendo com um jornalista que, inicialmente, pretende se aproveitar da situação para dar um "furo" mas, claro que as coisas não acontecem como ele imagina.
Tudo é ótimo no filme: o elenco, a direção, as falas, cenários, trilha sonora... Audrey Hepburn é uma das atrizes antigas mais lindas (no meu ranking, ela, Liz Taylor e Grace Kelly são pódio fácil), além de excepcionalmente talentosa, o que dá um upgrade a qualquer produção. E Gregory Peck com seu charme que mistura sarcasmo com bom-mocismo, não fica atrás, forma uma linha de frente de respeito com ela.
Divertido e levíssimo, é grande pedida para se lidar com a chatice e estagnação que tomaram conta dos romances yankees nos últimos tempos.
Nota: 9,0
Cotação no IMDb: 8.1 (37.003 votos)
Trailer sem legendas
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