Elenco: François Bégaudeau, Laura Baquela, Nassim Amrabt, Cherif Bounaïdja Rachedi, Juliette Demaille, Damien Gomes, Arthur Fogel, Dalla Doucoure
Palma de Ouro em Cannes 2008, é um filme contundente e que faz pensar - especialmente a mim, que sou professor.
Ele não chega a ter uma trama muito definida, mais são recortes do ambiente escolar onde se passa a história toda. São os conflitos entre uma turma de adolescentes, às vezes insolentes, às vezes desafiadores e professores visivelmente despreparados para lidar com eles no sentido social.
Difícil não se identificar com várias daquelas sentimentos descritos pelos alunos. Embora a França tem uma diversidade cultural muito grande, parece que os problemas no sistema de ensino de lá não são tão diferentes dos daqui.
Vou descrever uma cena que ilustra muito bem o espírito do filme.
Há um momento onde o professor mostra todo seu preconceito (na verdadeira acepção da palavra, de tecer conceitos previamente sobre alguém) em relação aos seus pupilos. Uma aluna diz que não gostou de nenhum livro que ele passou durante o ano. Ele pede que ele diga então algum que ela tenha lido por conta - esperando que ela dissesse que não tinha lido nada. Ela diz que adorou "A República" de Platão e conta várias passagens do livro. A cara de surpresa do professor é impagável.
Não chega a ser excepcional, mas é um filme muito bem realizado e que merece ser visto.
Nota: 7,0
Palma de Ouro em Cannes 2008, é um filme contundente e que faz pensar - especialmente a mim, que sou professor.
Ele não chega a ter uma trama muito definida, mais são recortes do ambiente escolar onde se passa a história toda. São os conflitos entre uma turma de adolescentes, às vezes insolentes, às vezes desafiadores e professores visivelmente despreparados para lidar com eles no sentido social.
Difícil não se identificar com várias daquelas sentimentos descritos pelos alunos. Embora a França tem uma diversidade cultural muito grande, parece que os problemas no sistema de ensino de lá não são tão diferentes dos daqui.
Vou descrever uma cena que ilustra muito bem o espírito do filme.
Há um momento onde o professor mostra todo seu preconceito (na verdadeira acepção da palavra, de tecer conceitos previamente sobre alguém) em relação aos seus pupilos. Uma aluna diz que não gostou de nenhum livro que ele passou durante o ano. Ele pede que ele diga então algum que ela tenha lido por conta - esperando que ela dissesse que não tinha lido nada. Ela diz que adorou "A República" de Platão e conta várias passagens do livro. A cara de surpresa do professor é impagável.
Não chega a ser excepcional, mas é um filme muito bem realizado e que merece ser visto.
Nota: 7,0
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