
No post que escrevi sobre o Toy Story 3, fiz uma comparação entre a Pixar e os Beatles.
Como sou um emérito beatlemaníaco, quero explanar um pouco mais sobre essa minha admiração pela empresa de animação fundada por Steve Jobs - aquele mesmo da Apple, iPod, iPhone, etc.
Em 1963, quando foram se apresentar pela primeira vez nos EUA, os Beatles foram no Ed Sullivan Show - uma espécie de Faustão da época.
Foi uma histeria coletiva sem precedentes e eles foram apresentados por Mr. Sullivan, como sendo Elvis multiplicado por 4.
Esta apresentação é considerada um marco na TV americana e reza a lenda que durante os 10 min de show (vistos por algo em torno de 90 milhões de pessoas), não houve registro de nenhum crime em todo território americano.
Bom, o que quero relacionar é mais ou menos assim. Elvis, o rei, aqui é Walt Disney. Já havia rock'n'roll antes de Elvis, mas ele o lançou a um patamar de destaque absoluto. O mesmo fez Disney pelo cinema de animação.
Ambos geniais e revolucionários em suas respectivas áreas de trabalho. Os maiores em seus gêneros, até que...
... vieram os Beatles e a Pixar. Se os Beatles eram quatro músicos espetaculares e que unidos alçaram o rock à categoria de arte, a Pixar também tem seus Fab Four.
John Lasseter (Toy Story, Vida de Inseto e Carros), Andrew Stanton (Procurando Nemo e Wall-E), Brad Bird (Os Incríveis e Ratatouille) e Pete Docter (Monstros S.A. e Up).
Cada um deles, separadamente ou juntos, um produzindo, outro escrevendo ou dirigindo, é parte de uma engrenagem criada por Jobs que prioriza a qualidade e a criatividade.
Eles tem carta branca para fazerem coisas relevantes e não somente desenhos animados para vender produtos agregados à marca. Por isso, os filmes da Pixar são tão diferentes e geralmente melhores que os demais.
Enquanto outras produtoras oscilam sucessos e fracassos (a Dreamworks vive até hoje do Shrek, a Blue Sky, da Era do Gelo, a própria Disney, não sabe mais seu rumo, etc), a Pixar parece nunca esgotar a fonte, emendando um filmaço atrás do outro, sempre com aquela característica única, da universalidade dos temas tratados, com imensa qualidade técnica.
Fora os curtas metragens, que são também, fora de série - gosto demais de Geri's Game, For the Birds e Lifted - todos no You Tube, para alegria da galera.
É o algo a mais que a Pixar tem e que os outros eventualmente chegam perto, mas não dá pra encarar.
Por isso, eles são os Beatles da animação. Existem músicas excepcionais feitas por excelentes bandas, mas a quantidade industrial de obras-primas dos Quatro Rapazes de Liverpool é inimitável.
Relação de filmes da Pixar:
1995 - Toy Story: o pioneiro revolucionou pela qualidade da computação gráfica e tem uma história irresistível, que nos remete todos à infância. Nota: 8,5
1998 - Vida de Inseto e 1999 - Toy Story 2: são de uma época atribuladíssima da minha vida, a faculdade, onde não vi quase nada de filmes e infelizmente, esses deixei passar e nunca assisti.
2001 - Monstros S.A.: outro que toca em temas da nossa infância. A história dos monstros de araque é mais uma grande diversão. Nota: 8,0
2003 - Procurando Nemo: o melhor de todos. Superproteção dos pais, deficiência, livre-arbítrio, amizade, tudo está no pacote, fora os maravilhosos personagens, Nemo, Dory e Marlin, que são inesquecíveis. Nota: 10!
2004 - Os Incríveis: outra obra-prima. Os super-herois decadentes que tem que voltar à ativa é mais uma pérola. Nota: 10!
2006 - Carros: Lightning McQueen é o cara mais mala do universo no início do filme e termina como o mais amado. Nota: 9,0
2007 - Ratatouille: um rato na cozinha? Só a Pixar para fazer dessa aparente nojeira, mais um filme de mestre. Nota: 10!
2008 - Wall-E: é considerado pela crítica, como o melhor da empresa. Acho que dei azar, pois vi ele com a minha filha de 4 anos no cinema e o que menos ela fez foi ver o filme, sendo um furacão que eu passei quase duas horas tentando controlar. Não consegui aproveitar quase nada e acho que eu deveria ver de novo, mas por enquanto a nota é essa: 7,5
2009 - Up: tema difícil, sobre envelhecimento e perda de entes queridos, mas há cenas antológicas e mereceu o Oscar de Melhor animação - aliás do Nemo, pra cá, TODOS os filmes da Pixar foram vencedores deste prêmio... Nota: 8,5
2010 - Toy Story 3: desfecho espetacular para a saga de Woody, Buzz e os outros brinquedos. Nota: 9,0
Como sou um emérito beatlemaníaco, quero explanar um pouco mais sobre essa minha admiração pela empresa de animação fundada por Steve Jobs - aquele mesmo da Apple, iPod, iPhone, etc.
Em 1963, quando foram se apresentar pela primeira vez nos EUA, os Beatles foram no Ed Sullivan Show - uma espécie de Faustão da época.
Foi uma histeria coletiva sem precedentes e eles foram apresentados por Mr. Sullivan, como sendo Elvis multiplicado por 4.
Esta apresentação é considerada um marco na TV americana e reza a lenda que durante os 10 min de show (vistos por algo em torno de 90 milhões de pessoas), não houve registro de nenhum crime em todo território americano.
Bom, o que quero relacionar é mais ou menos assim. Elvis, o rei, aqui é Walt Disney. Já havia rock'n'roll antes de Elvis, mas ele o lançou a um patamar de destaque absoluto. O mesmo fez Disney pelo cinema de animação.
Ambos geniais e revolucionários em suas respectivas áreas de trabalho. Os maiores em seus gêneros, até que...
... vieram os Beatles e a Pixar. Se os Beatles eram quatro músicos espetaculares e que unidos alçaram o rock à categoria de arte, a Pixar também tem seus Fab Four.
John Lasseter (Toy Story, Vida de Inseto e Carros), Andrew Stanton (Procurando Nemo e Wall-E), Brad Bird (Os Incríveis e Ratatouille) e Pete Docter (Monstros S.A. e Up).
Cada um deles, separadamente ou juntos, um produzindo, outro escrevendo ou dirigindo, é parte de uma engrenagem criada por Jobs que prioriza a qualidade e a criatividade.
Eles tem carta branca para fazerem coisas relevantes e não somente desenhos animados para vender produtos agregados à marca. Por isso, os filmes da Pixar são tão diferentes e geralmente melhores que os demais.
Enquanto outras produtoras oscilam sucessos e fracassos (a Dreamworks vive até hoje do Shrek, a Blue Sky, da Era do Gelo, a própria Disney, não sabe mais seu rumo, etc), a Pixar parece nunca esgotar a fonte, emendando um filmaço atrás do outro, sempre com aquela característica única, da universalidade dos temas tratados, com imensa qualidade técnica.
Fora os curtas metragens, que são também, fora de série - gosto demais de Geri's Game, For the Birds e Lifted - todos no You Tube, para alegria da galera.
É o algo a mais que a Pixar tem e que os outros eventualmente chegam perto, mas não dá pra encarar.
Por isso, eles são os Beatles da animação. Existem músicas excepcionais feitas por excelentes bandas, mas a quantidade industrial de obras-primas dos Quatro Rapazes de Liverpool é inimitável.
Relação de filmes da Pixar:
1995 - Toy Story: o pioneiro revolucionou pela qualidade da computação gráfica e tem uma história irresistível, que nos remete todos à infância. Nota: 8,5
1998 - Vida de Inseto e 1999 - Toy Story 2: são de uma época atribuladíssima da minha vida, a faculdade, onde não vi quase nada de filmes e infelizmente, esses deixei passar e nunca assisti.
2001 - Monstros S.A.: outro que toca em temas da nossa infância. A história dos monstros de araque é mais uma grande diversão. Nota: 8,0
2003 - Procurando Nemo: o melhor de todos. Superproteção dos pais, deficiência, livre-arbítrio, amizade, tudo está no pacote, fora os maravilhosos personagens, Nemo, Dory e Marlin, que são inesquecíveis. Nota: 10!
2004 - Os Incríveis: outra obra-prima. Os super-herois decadentes que tem que voltar à ativa é mais uma pérola. Nota: 10!
2006 - Carros: Lightning McQueen é o cara mais mala do universo no início do filme e termina como o mais amado. Nota: 9,0
2007 - Ratatouille: um rato na cozinha? Só a Pixar para fazer dessa aparente nojeira, mais um filme de mestre. Nota: 10!
2008 - Wall-E: é considerado pela crítica, como o melhor da empresa. Acho que dei azar, pois vi ele com a minha filha de 4 anos no cinema e o que menos ela fez foi ver o filme, sendo um furacão que eu passei quase duas horas tentando controlar. Não consegui aproveitar quase nada e acho que eu deveria ver de novo, mas por enquanto a nota é essa: 7,5
2009 - Up: tema difícil, sobre envelhecimento e perda de entes queridos, mas há cenas antológicas e mereceu o Oscar de Melhor animação - aliás do Nemo, pra cá, TODOS os filmes da Pixar foram vencedores deste prêmio... Nota: 8,5
2010 - Toy Story 3: desfecho espetacular para a saga de Woody, Buzz e os outros brinquedos. Nota: 9,0
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