
EUA, China, 2010 - 140 min
Ação
Direção: Harald Zwart
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson, Wenwen Han
Esse filme resolveu encarar uma parada dura.
O Karate Kid original, não tem tanto tempo assim (1984) e ainda estão fresquinhas na nossa mente, as Sessões da Tarde com Daniel-San, Sr. Miyagi, Cobra-Kai e cia.
Então, os produtores desse aqui tiveram uma sacada bacana: mudaram de cenário de interior dos EUA, para a China atual - no oriente nascedouro das artes marciais.
O fábula clássica do original, entretanto, é a mesma. Mãe e filho se mudam de cidade e ele sofre bullying na escola, só que acaba sendo socorrido por mestre de artes marciais pouco ortodoxo que o ensina a se defender.
Jaden Smith é um aprendiz tão bom ou até melhor que Daniel Larusso. Que DNA forte tem o tal de Will Smith! O guri dele já tem todas as armas para se tornar um superastro como o pai. Muito bom ator, carismático e como Will, abençoado fisicamente.
Já Jackie Chan, que é um cara fantástico dentro do meio dos filmes de artes marciais, nem com todo o seu talento, consegue dar ao mundo um Sr. Miyagi tão bom quanto Pat Morita no seu papel definitivo.
Assim como Leonard Nimoy é o Sr. Spock, como Hugh Jackman é Wolverine, não tem como outro ator fazer este papel sem ter uma comparação inferior ao original.
A direção de arte deste aqui é muito linda, mostrando uma Pequim em vários aspectos, dando vida à história. A trilha sonora é mais orientalizada, diferente da ótima original, mas também é competente.
Talvez o maior diferencial, seja na direção. Lá em 84, John G. Avildsen, comandante ganhador do Oscar por Rocky - O Lutador dava um tom muito mais emocionante e dramático à saga do menino lutador do que neste de 2010.
Não que Harald Zwart seja mau diretor, pelo contrário. Fez um ótimo trabalho. Mas o original te deixava roendo as unhas na torcida, com o treinamento, com a lesão do Larusso, pelo Reiki milagroso do Sr. Miyagi, etc. Tudo era muito intenso.
Aqui, o filme é bem amarradinho, com um roteiro bem limpinho, dando lugar acertado a todos os personagens e suas motivações.
Deve ser coisa minha de velho, talvez, mas ainda assim (ao contrário do meu bruxo Paulinho que achou esse aqui do nível do clássico) acho que o original é um marco inesquecível que, mesmo com todas as boas novidades que este novo trás, não foi superado.
Nota: 7,5
Comentários