
Início de Gauchão sempre é um arraste e este não foi diferente. Foi um jogo ruim, num campo fofo e com time cheio de caras novas, mas que ganhamos com um gol tão bonito quanto achado.
Óbvio que nada do que será escrito aqui será uma avaliação definitiva, há muitas etapas a serem realizadas, mas penso que algumas coisas podem ser pontuadas.
Individualmente, o Neílton foi o único destaque. Entrou e tocou fogo no jogo. Bom domínio, habilidade em velocidade e procura jogo o tempo todo. Tomara que siga evoluindo.
Pedro Lucas pareceu ser um jogador com talento e força, mas não recebeu praticamente nenhuma bola em boa condição de finalização. Muito melhor que o Brenner, não tenho dúvida que será. Sarrafiore teve alguns bons lances no início, mas faltou força física e caiu rápido de produção. Gostei do zagueiro Roberto, foi bem nas situações em que foi exigido.
Rithely não comprometeu depois de quase um ano sem jogar. Juan Alano, Parede e Lindoso jogaram menos do que se esperava deles, mas evidente que ainda precisa mais tempo para todo mundo destravar as pernas da pré-temporada.
O que eu não gostava ano passado e pelo menos, nesta primeira apresentação se mostrou igual, foi a manutenção do sistema ofensivo, muito estático. O 4-1-4-1 (hoje esteve mais para 4-2-3-1 pois o Rithely e o Lindoso jogaram basicamente na mesma altura do campo) do Odair funciona bem defensivamente, mas na hora de construir as jogadas há pouca troca de posições, facilitando a marcação do adversário.
Desde 2018 o Inter marca mais recuado, buscando espaço para o contra-ataque. Eu prefiro um time que marque mais adiantado via de regra, que proponha o jogo, criando mais chances perto do gol adversário e apenas eventualmente, jogue mais no seu campo, se poupando e aguardando para contra-atacar.
Ano passado isso se justificava pois fazia sentido um time que estava saindo da segundona ser mais pragmático. Hoje não precisa mais. Voltamos a ter qualidade e confiança em nível compatível com a grandeza do clube. Mas esse é o modelo que o Odair prefere, então, aguardemos para que possa pegar encaixe como no último Brasileirão.
De qualquer modo, o mais importante nesse janeiro é não lesionar ninguém, rodar o elenco para poder avaliar o máximo possível de jogadores, dando a base física que será tão importante em um ano com muitas competições.
Comentários