
Vou resgatar novamente um programa antigo de TV (semana passada foi o seriado oitentista V). Desta vez, vou falar um pouco sobre a TV Pirata!

Só que no final dos anos 80, o Jô resolveu virar entrevistador e os Trapalhões já não estavam mais no auge e ainda sofreram o baque da morte do Zacarias e do Mussum, saindo do rumo.
Com o Chico sozinho, outro programa monopolizou a qualidade artística do Plim-Plim: a TV Pirata.
Com a direção de Guel Arraes, escritores como Luís Fernando Veríssimo, Glauco, Laerte e a galera que seria futuramente, o Casseta & Planeta e um superelenco, o programa marcou época no tempo da finada Terça Nobre.
O programa lembrava o Saturday Night Live, fugindo um pouco do esquema de humor vigente na TV brasileira na época.
Só que também tinha alguns personagens contínuos que acabaram sendo tão memoráveis que marcaram para sempre seus intérpretes, como o Barbosa de Ney Latorraca e o Zeca Bordoada de Guilherme Karan (que foi até garoto-propaganda, não me lembro do quê).
As sáriras de novelas que o Casseta tornou corriqueiras no seu programa, teve sua origem no TV Pirata, com Fogo no Rabo, que tirava o tempo de Roda de Fogo e Mandala, duas novelas de enorme sucesso na época.
Débora Bloch totalmente apaixonada chamando "Reginaldo...", que sempre puxava na sequência "Como uma deusa...", trecho de uma música da Rosana, era das coisas mais engraçadas daquele tempo.
E As Presidiárias então? A saga da prisão feminina capitaneada pela homossexual Tonhão (Cláudia Raia em seus melhores momentos de comédia) era impagável. A cela ainda era ocupada por uma comunista, uma patricinha e Cristiane F., drogada, prostituida e torcedora do Botafogo!
Humor de primeiríssima que abriu as portas para um novo modelo de comédia na TV brasileira.
Ah, e pra quem acha que o Maçaranduba é o cara mais porrada que tem, é porque não conheceu o Zeca Bordoada, o dono da TV Macho...
Zeca Bordoada entrevista Tonhão - muito massa
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