
E uma estreia em alto nível, com um filme onde tudo é grandioso: Cleópatra de 1963.

Drama/Épico
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Pamela Brown, George Cole, Hume Cronyn, Cesare Danova, Kenneth Haigh, Andrew Keir, Martin Landau, Roddy McDowall
O filme que tornou Elisabeth Taylor, o rosto definitivo da rainha egípcia no imaginário mundial, quase levou à bancarrota sua produtora, 20th Century Fox. Cleópatra era, até surgir Avatar, considerado o filme mais caro de todos os tempos.
Planejado para custar 2 milhões de dólares em 1962, sua produção custou 44 milhões de dólares em valores da época. Atualizando para valores atuais seria algo em torno de U$ 300 mi.
E embora tenha sido o filme mais visto daquele ano, ainda assim não conseguiu pagar seu próprio valor.
Liz Taylor foi a primeira atriz de Hollywood a receber U$ 1 milhão de dólares pela atuação em um filme.
Logo no início das filmagens, Elizabeth Taylor adoeceu e, como praticamente todas as cenas necessitavam da sua presença, a produção foi paralisada por aproximadamente seis meses até que ela se recuperasse - outro fator que encareceu sobremaneira a produção.
Durante as filmagens, Elizabeth Taylor trocou de figurino 65 vezes (um recorde na quantidade, mas a originalidade nem tanto - os decotes fartos eram um traço predominante...)
Embora seja a versão mais famosa, esta foi a sexta filmagem da história romanceada da rainha do Egito - as três primeiras no cinema mudo, a quarta em 1934 com Claudette Colbert e outra com Vivien Leigh, em 1945.
Foi durante as filmagens que Elizabeth Taylor e Richard Burton se apaixonaram e começaram um casamento de mais de uma década de duração.
Dizem que a cópia original do filme tinha 8 (!) horas de duração, mas o corte final com 4 horas, já acabou, também à época, como o filme mais longo já feito.
Quanto ao filme propriamente dito, tem alguns probleminhas, até por ser uma produção tão conturbada, mas a opulência dos cenários, figurinos já são um desbunde para os olhos por si sós.
A direção do bi-oscarizado (por Quem é o Infiel e A Malvada) Joseph L. Mankiewicz dá um bom ritmo à extensa trama - e melhora ainda mais depois da morte de César.
E claro, Liz Taylor é um show à parte. Além da beleza, ela impregnou sua personagem com uma personalidade e astúcia apuradas e deixa claro que essa bobagem que alguns historiadores julgam que ela seria "feia", é uma idiotice sem tamanho.
Sim, porque como diz David Coimbra no seu livro Jogo de Damas, uma mulher que consegue conquistar o amor (um amor enlouquecido, diga-se de passagem) dos dois maiores homens do seu tempo, César e Marco Antônio, caras que poderiam ter as mulheres que quisessem, não podia ser nada feia, não concordam...?
Nota: 8,5
Cotação no IMDb: 6,8 (7.966 votos)
Trailer sem legendas
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