A LENDA
Suponho que todos ou, pelo menos a maioria, conhece a lenda urbana de que Paul McCartney morreu em 1966.
Todos os adeptos das teorias de conspiração juram que Paul morreu e foi substituído por um sósia chamado William Campbell. Os supostos indícios estariam nas capas de “Abbey Road” e de “Sgt. Pepper’s Lonely Heart Club Band” e também em músicas tocadas ao contrário ou em rotação diferente (Strawberry Fields Forever).
Aliás, mais que isso: teria exatamente o mesmo timbre vocal e compunha com igual talento, o que, por si só, já deveria ter liquidado os fanáticos que ajudaram a construir a lenda urbana.
Quando os Beatles se separaram, Paul deu início a uma bem sucedida carreira solo, tocando TODOS os instrumentos (posteriormente mixados) no disco de reestreia. Um feito inexequível para um mero sósia.
Pontuou sua nova carreira com grandes sucessos e se mantém ativo, compondo, tocando, gravando e fazendo shows no mundo inteiro, sem se deitar apenas nos louros da antigas composições. Ao ponto de ser normal afirmar que Paul “não tem lado b”.
Esquecendo a lenda urbana, fui ver, no Gigante da Beira Rio o show de Paul, uma lenda no melhor sentido da palavra. Simples, carismático, absolutamente talentoso, passeou, por três horas em seis diferentes instrumentos, sem qualquer dificuldade, acariciando nossos ouvidos com músicas antigas e recentes da melhor qualidade.
Mais do que um megastar ele é um ícone.
Foi uma noite inesquecível, ouvindo aquele que os fanáticos por lendas urbanas e teorias da conspiração afirmam que está morto, cada vez mais vivo nas mentes dos fãs.
Uma oportunidade única. Quem não viu... lamente.
Comentários
Grande abraço Professor.