Pular para o conteúdo principal

Filme: Brüno

Brüno
EUA, 2009 - 83 min
Comédia / Documentário
Direção: Larry Charles
Elenco: Sacha Baron Cohen, Gustav Hammarsten, Clifford Bañagale

Sacha Baron Cohen ataca novamente!

Depois de Borat, ele vem com Brüno, outro de seus personagens do finado programa Da Ali G Show.

A mecânica deste é semelhante ao do 1º. Faz o mesmo esquema de mistura entre entrevistas reais e um roteiro ficcional. O alvo desta vez não é mais a xenofobia e ignorância em relação a outras culturas - uma praga americana - e sim, ao culto às celebridades e ao preconceito aos homossexuais.

Na TV, Bruno ficava mais limitado ao circuito fashion e tecia seu veneno diante das futilidades dele. Aqui, ele é mais abrangente e isso faz com que ele fique muito melhor.

Cohen Baron não se dá nenhum limite, encarnando visceralmente o personagem e indo às últimas consequências em todas as situações. Nisso, ele tira as melhores risadas e os olhares mais perplexos ao mesmo tempo.

Hipocrisia, burrice, preconceito, ele detona tudo isso com sacadas genais. Por vezes ele chega a ser desconfortavelmente invasivo - mas o Pânico, o CQC e o Casseta também e fazem grande sucesso, não? - ferindo suscetibilidades. Nudez, sexo, tudo está no cardápio.

Pra aguentar, tem que entrar na onda e sacar o personagem. O problema é que muita gente não tem (e nisso não vai nenhuma crítica, pois ninguém é obrigado a ter) estômago pra esta tarefa.

É o tipo de filme que não dá pra recomendar porque é muito polêmico e de um humor que não é todo mundo que curte, mas eu gostei e dei muitas risadas. Mais até que o Borat.

Nota: 7,5

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quando a fase é boa...

Dá tudo certo! Voltei de Porto com a cabeça fervilhando. Tinhas tantas coisas para escrever que acho que vou esquecer de algumas coisas, mas vamos lá. Onze considerações pertinentes: 1. Guinazú é Deus; 2. O Inter pode até ter o melhor plantel do país - e isto deve fazer diferença no Brasileirão, se a janela do meio do ano não bagunçar tudo - mas não se pode dizer que foi mais time que o Flamengo nesses dois jogos. Foram confrontos de absoluta igualdade. 3. Foi um jogaço, mas curiosamente, nenhum dos goleiros fez grandes intervenções. As defesas e meio-campos jogaram muita bola dos dois lados; 4. Foi um jogo parelho, mas de muitas alternâncias técnicas. O Inter iniciou melhor, mas depois o Mengo tomou conta e teve dois bons chutes. Daí, o Inter achou um gol (bem-feito pro Juan, peguei pavor dele depois daquela dele com o Maicossuel). No 2º tempo, quando o Inter era dono do jogo, o Fla fez um gol bem bonito de tabelamento. Depois disso virou abafa e seja o que Deus quiser. Ainda bem que ...

Filme: O Garoto da Bicicleta

Le Gamin au Vélo Bélgica , 2011 - 87 min. Drama Direção: Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne Elenco: Thomas Doret, Cécile De France, Jérémie Renier, Fabrizio Rongione, Egon Di Mateo Imagine que alguém está te contando uma história bem interessante, com bons dramas e personagens e antes do final, para a narrativa. Foi exatamente assim que me senti assistindo a O Garoto da Bicicleta . A trama é a seguinte: Cyril, quase 12 anos, tem um único plano na vida: encontrar o pai que o deixou em um orfanato. Por acaso ele conhece Samantha, dona de um salão de beleza, que aceita ficar com ele nos finais de semana. Cyril não consegue ver o amor que Samantha sente por ele. Um amor que ele precisa despesperadamente para apaziguar sua raiva. Os longos planos até não são cansativos como poderiam ser. Os atores são ótimos (Cécille de France de Além da Vida , é linda e excelente atriz). A trama é dramática, mas faz a plateia se importar com os personagens e pensar o que faria no lugar deles... O proble...

Filme: Um Conto Chinês

Un Cuento Chino Argentina, 2011 - 93 minutos Comédia Direção: Sebastián Borensztein Elenco: Ricardo Darín, Muriel Santa Ana, Javier Pinto, Ignacio Huang Mais do que o próprio e de fato, muito bom cinema argentino, o que mais me chama a atenção do lado dos hermanos é Ricardo Darín . Cara, que ator! Além de absurdamente carismático, ele incorpora seus personagens sem quaisquer cacoetes (recurso utilizado por vários grandes atores, tipo Jack Nicholson e suas sobrancelhas, De Niro e aquela levantada de queixo, etc), ficando perfeito em qualquer papel. Se fosse americano, já tinha pelo menos uns dois oscars na estante. E é em cima dele que Um Conto Chinês se torna divertido. O filme é baseado em um fato real, mas a bem da verdade, a história não chega a ser o ponto forte. Há realmente um elemento extraordinário na trama, tremendamente imponderável, mas que sozinho não vejo que fosse suficiente para render um filme. É aí que Darín entra. Para sustentar a onda, os roteiristas capri...