
Olhos verdes; cabelos castanhos; muita atitude; “o animal mais belo do mundo”, segundo Jean Cocteau.
Assim era Ava Lavinia Gardner, sétima filha de um casal de fazendeiros pobres de Brogden, na Carolina do Norte. Aos dezoito anos, uma foto sua colocada na vitrine do estúdio de fotografias de seu cunhado, na 5ª Avenida em Nova Iorque, chamou a atenção de um caça-talentos da Metro Goldwyn Mayer, que a contratou pela sua exuberância.
Por essa razão, seus primeiros filmes foram inexpressivos, com Ava interpretando mulheres bonitas. Seu talento dramático só surgiu ao trabalhar com bons atores como Gregory Peck, Clark Gable ou Richard Burton ou grandes diretores como Henry King (Neves do Kilimanjaro/1952), John Ford (Moganbo/1953) e John Houston (A Noite do Iguana/1964).
Sorte nas telas, azar na vida privada. Seu primeiro marido foi o ator Mickey Rooney e ficaram casados pouco mais que um ano. Rooney parecia ser do tipo “eterno adolescente”, quando Ava Gardner era assunto para gente grande.
Não deu certo e ela tentou então alguém maduro e intelectualizado: Artie Shaw, o músico. Shaw discutia qualquer assunto, era um erudito, um sofisticado. Queria a todo custo que a atriz se interessasse pelos seus assuntos mas ainda assim, fazia pouco dela diante de seus amigos. Também não durou mais que um ano.
Por fim, seu terceiro casamento com o cantor Frank Sinatra é que deixou marcas indeléveis em ambos. Ava, muito independente e Sinatra, um típico latino, viviam às turras. Brigas homéricas, porres colossais, ela um dia aborreceu-se da fama de “destruidora de lares” e mandou o velho Blue Eyes passear, refugiando-se na Espanha, onde iniciou um romance com o toureiro Luis Miguel Dominguin.
Arrasado, Sinatra (que costumava reagir a contrariedades destruindo o que estava à sua volta), chegou ao fundo do poço. Humilhado, perdeu até mesmo a voz, mas gravou aquele que é considerado o seu melhor trabalho, “In The Wee Small Hours”, onde canta as dores do amor, mulheres perdidas e a solidão.
Quanto à Ava, não mais se casou e radicou-se em Madri em 1955. Problemas com o Fisco a fizeram mudar-se para Londres em 1968. Nunca foi esquecida, tanto que é considerado um ícone do cinema do Século XX.
Frank também não a esqueceu. Quando ela sofreu um derrame cerebral em 1989, Sinatra bancou todo o seu tratamento. Especula-se que as despesas médicas tenham consumido cerca de um milhão de dólares. Ava Gardner morreu em 1990. Em Londres morava com Morgan, um cão que a acompanhou até seus últimos dias.
“Escute, sou um veneno para mim e qualquer um que esteja à minha volta” – Fala de Kitty Collins, personagem de Ava em “Os Assassinos”/1949.
Assim era Ava Lavinia Gardner, sétima filha de um casal de fazendeiros pobres de Brogden, na Carolina do Norte. Aos dezoito anos, uma foto sua colocada na vitrine do estúdio de fotografias de seu cunhado, na 5ª Avenida em Nova Iorque, chamou a atenção de um caça-talentos da Metro Goldwyn Mayer, que a contratou pela sua exuberância.
Por essa razão, seus primeiros filmes foram inexpressivos, com Ava interpretando mulheres bonitas. Seu talento dramático só surgiu ao trabalhar com bons atores como Gregory Peck, Clark Gable ou Richard Burton ou grandes diretores como Henry King (Neves do Kilimanjaro/1952), John Ford (Moganbo/1953) e John Houston (A Noite do Iguana/1964).
Sorte nas telas, azar na vida privada. Seu primeiro marido foi o ator Mickey Rooney e ficaram casados pouco mais que um ano. Rooney parecia ser do tipo “eterno adolescente”, quando Ava Gardner era assunto para gente grande.
Não deu certo e ela tentou então alguém maduro e intelectualizado: Artie Shaw, o músico. Shaw discutia qualquer assunto, era um erudito, um sofisticado. Queria a todo custo que a atriz se interessasse pelos seus assuntos mas ainda assim, fazia pouco dela diante de seus amigos. Também não durou mais que um ano.
Por fim, seu terceiro casamento com o cantor Frank Sinatra é que deixou marcas indeléveis em ambos. Ava, muito independente e Sinatra, um típico latino, viviam às turras. Brigas homéricas, porres colossais, ela um dia aborreceu-se da fama de “destruidora de lares” e mandou o velho Blue Eyes passear, refugiando-se na Espanha, onde iniciou um romance com o toureiro Luis Miguel Dominguin.
Arrasado, Sinatra (que costumava reagir a contrariedades destruindo o que estava à sua volta), chegou ao fundo do poço. Humilhado, perdeu até mesmo a voz, mas gravou aquele que é considerado o seu melhor trabalho, “In The Wee Small Hours”, onde canta as dores do amor, mulheres perdidas e a solidão.
Quanto à Ava, não mais se casou e radicou-se em Madri em 1955. Problemas com o Fisco a fizeram mudar-se para Londres em 1968. Nunca foi esquecida, tanto que é considerado um ícone do cinema do Século XX.
Frank também não a esqueceu. Quando ela sofreu um derrame cerebral em 1989, Sinatra bancou todo o seu tratamento. Especula-se que as despesas médicas tenham consumido cerca de um milhão de dólares. Ava Gardner morreu em 1990. Em Londres morava com Morgan, um cão que a acompanhou até seus últimos dias.
“Escute, sou um veneno para mim e qualquer um que esteja à minha volta” – Fala de Kitty Collins, personagem de Ava em “Os Assassinos”/1949.
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