
A gente diz que certas coisas só acontecem no Brasil, que não reconhecemos nossos ídolos, etc.
Pois bem. Então leiam este texto publicado hoje no Omelete e vejam o que a culturalizada França está fazendo com um dos seus maiores ícones, Albert Uderzo:
"Albert Uderzo, o co-criador e desenhista de todos os álbuns de Asterix está em guerra com o fisco da França. As autoridades fiscais francesas ordenam que Uderzo pague 203 mil euros (R$ 456 mil) em impostos atrasados, referentes aos ganhos com os primeiros 24 álbuns do personagem, publicados originalmente entre 1959 e 1979 - mas constantemente republicados.
O motivo é que os impostos franceses diferenciam 'autor' (que escreve o texto dos quadrinhos, e paga menos imposto) de 'ilustrador' (que paga mais imposto). Como os 24 primeiros álbuns de Asterix têm o co-criador René Goscinny como roteirista, as autoridades francesas entendem que Uderzo cometeu uma ilegalidade ao declarar-se autor.
Em entrevista ao jornal Daily Telegraph, Uderzo diz que a cobrança é absurda. 'É com brutalidade e falta de respeito que, 51 anos depois de eu criar Asterix, as autoridades fiscais ‘se deram conta’ de me negar o direito de ser co-autor do meu querido gaulês – nesta idade, não vou aceitar que me arranquem este título', esbraveja o autor de atuais 84 anos.
Uderzo diz que o contrato dele e de Goscinny com a editora Dargaud estipula que os dois são co-criadores, mas que os álbuns sempre trariam Goscinny como roteirista e ele como desenhista. Além disso, Uderzo diz que sempre colaborou nos roteiros.
O caso tem implicações para todos os quadrinistas franceses – e para a própria definição do que é quadrinista. Na teoria, entende-se que, mesmo seguindo fielmente o roteiro fechado de outra pessoa, um desenhista de quadrinhos tem sua parte autoral ao criar a narrativa visual. O fisco francês entende que não.
Se prevalecer o entendimento das autoridades, muitos quadrinistas franceses devem receber cobrança de impostos atrasados. Uderzo publicou sozinho mais dez álbuns de Asterix desde a morte de Goscinny, em 1979, e é identificado também como roteirista. Para estes, o fisco francês reconhece a classificação fiscal como 'autor'."
Cara, é nojento ter que ler uma notícia dessas com uma falta de respeito a um dos maiores artistas vivos deste planeta.
Começar a semana com uma chacota dessas é muito triste.
Pois bem. Então leiam este texto publicado hoje no Omelete e vejam o que a culturalizada França está fazendo com um dos seus maiores ícones, Albert Uderzo:
"Albert Uderzo, o co-criador e desenhista de todos os álbuns de Asterix está em guerra com o fisco da França. As autoridades fiscais francesas ordenam que Uderzo pague 203 mil euros (R$ 456 mil) em impostos atrasados, referentes aos ganhos com os primeiros 24 álbuns do personagem, publicados originalmente entre 1959 e 1979 - mas constantemente republicados.
O motivo é que os impostos franceses diferenciam 'autor' (que escreve o texto dos quadrinhos, e paga menos imposto) de 'ilustrador' (que paga mais imposto). Como os 24 primeiros álbuns de Asterix têm o co-criador René Goscinny como roteirista, as autoridades francesas entendem que Uderzo cometeu uma ilegalidade ao declarar-se autor.
Em entrevista ao jornal Daily Telegraph, Uderzo diz que a cobrança é absurda. 'É com brutalidade e falta de respeito que, 51 anos depois de eu criar Asterix, as autoridades fiscais ‘se deram conta’ de me negar o direito de ser co-autor do meu querido gaulês – nesta idade, não vou aceitar que me arranquem este título', esbraveja o autor de atuais 84 anos.
Uderzo diz que o contrato dele e de Goscinny com a editora Dargaud estipula que os dois são co-criadores, mas que os álbuns sempre trariam Goscinny como roteirista e ele como desenhista. Além disso, Uderzo diz que sempre colaborou nos roteiros.
O caso tem implicações para todos os quadrinistas franceses – e para a própria definição do que é quadrinista. Na teoria, entende-se que, mesmo seguindo fielmente o roteiro fechado de outra pessoa, um desenhista de quadrinhos tem sua parte autoral ao criar a narrativa visual. O fisco francês entende que não.
Se prevalecer o entendimento das autoridades, muitos quadrinistas franceses devem receber cobrança de impostos atrasados. Uderzo publicou sozinho mais dez álbuns de Asterix desde a morte de Goscinny, em 1979, e é identificado também como roteirista. Para estes, o fisco francês reconhece a classificação fiscal como 'autor'."
Cara, é nojento ter que ler uma notícia dessas com uma falta de respeito a um dos maiores artistas vivos deste planeta.
Começar a semana com uma chacota dessas é muito triste.
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