
É aí que eu me refiro!
Depois de Interlúdio, o último com Selznick na retaguarda, Hitch veio uma avalanche de clássicos um após outro que é difícil de acreditar no tamanho do senso de oportunidade dele em não deixar passar nada e fazer tantos filmes relevantes na sequência.
Com uma ou outra pequena exceção, ele manteve um nível tão alto nesses 20 anos seguintes (ele chegava ao requinte de conseguir dirigir dois filmes monstro por ano, como Disque M Para Matar e Janela Indiscreta, ambos de 1954), e fazendo filmes de características tão diversas, que de fato, é inacreditável que em nenhuma dessas ocasiões ele tenha sido lembrado pela Academia.
Azar deles.
Interlúdio
Notorious
EUA, 1946 - 101 min
Suspense
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Cary Grant, Ingrid Bergmann, Claude Rains
7º filme de Hitch citado no 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer, a partir dele, o mestre começa uma ascendente que pareceria não ter mais fim, com raras exceções, emendando um clássico atrás do outro.
Com um de seus melhores casais centrais, Cary Grant e Ingrid Bergmann (a qual Hitch não tem nenhum pudor de exaltar sua beleza em diversos closes) puxando o filme que tem uma trama de espionagem internacional muito bem costurada, utilizando-se da velha fórmula do McGuffin (elemento que norteia a trama, mas que pouco importa o que seja).
Aliás, o drama dos dois apaixonados, que se separam por uma necessidade patriótica de espionagem (leia-se, ela se deitar com o vilão para roubar-lhe alguns segredos), foi a fonte de inspiração - para não chamar de imitação descarada - ao filmaço, Missão Impossível 2; lembram do Tom Cruise com cara de cachorro, vendo sua namorada ladra indo parar nos braços do bandido? Hitchcock puro.
Para nós brasileiros, ainda há a curiosidade de ver praticamente toda a ação se passando no Rio de Janeiro, embora apenas projetado ao fundo dos atores; Hitch odiava filmar externas, o que dirá, em outro país (que não fosse o maravilhoso sul da França, como em Ladrão de Casaca, cenário que Hitchcock era apaixonado).
Com uma cena final daquelas que só o Mestre do Suspense conseguia conceber, é mais um dos filmes indispensáveis da sua filmografia.
Ponta do Hitch: nível médio, no meio da festa pegando champanhe, com mais ou menos uma hora de filme.
Nota: 8,5
Cotação no IMDb: 8.3 (33.717 votos)
Trailer sem legendas
Depois de Interlúdio, o último com Selznick na retaguarda, Hitch veio uma avalanche de clássicos um após outro que é difícil de acreditar no tamanho do senso de oportunidade dele em não deixar passar nada e fazer tantos filmes relevantes na sequência.
Com uma ou outra pequena exceção, ele manteve um nível tão alto nesses 20 anos seguintes (ele chegava ao requinte de conseguir dirigir dois filmes monstro por ano, como Disque M Para Matar e Janela Indiscreta, ambos de 1954), e fazendo filmes de características tão diversas, que de fato, é inacreditável que em nenhuma dessas ocasiões ele tenha sido lembrado pela Academia.
Azar deles.

Notorious
EUA, 1946 - 101 min
Suspense
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Cary Grant, Ingrid Bergmann, Claude Rains
7º filme de Hitch citado no 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer, a partir dele, o mestre começa uma ascendente que pareceria não ter mais fim, com raras exceções, emendando um clássico atrás do outro.
Com um de seus melhores casais centrais, Cary Grant e Ingrid Bergmann (a qual Hitch não tem nenhum pudor de exaltar sua beleza em diversos closes) puxando o filme que tem uma trama de espionagem internacional muito bem costurada, utilizando-se da velha fórmula do McGuffin (elemento que norteia a trama, mas que pouco importa o que seja).
Aliás, o drama dos dois apaixonados, que se separam por uma necessidade patriótica de espionagem (leia-se, ela se deitar com o vilão para roubar-lhe alguns segredos), foi a fonte de inspiração - para não chamar de imitação descarada - ao filmaço, Missão Impossível 2; lembram do Tom Cruise com cara de cachorro, vendo sua namorada ladra indo parar nos braços do bandido? Hitchcock puro.
Para nós brasileiros, ainda há a curiosidade de ver praticamente toda a ação se passando no Rio de Janeiro, embora apenas projetado ao fundo dos atores; Hitch odiava filmar externas, o que dirá, em outro país (que não fosse o maravilhoso sul da França, como em Ladrão de Casaca, cenário que Hitchcock era apaixonado).
Com uma cena final daquelas que só o Mestre do Suspense conseguia conceber, é mais um dos filmes indispensáveis da sua filmografia.
Ponta do Hitch: nível médio, no meio da festa pegando champanhe, com mais ou menos uma hora de filme.
Nota: 8,5
Cotação no IMDb: 8.3 (33.717 votos)
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