
Em 1944, Hollywood lançou uma obra prima do cinema noir, Laura. Considerado um dos filmes mais importantes dessa escola, teve o mérito de reunir um grande roteiro, um bom elenco e um importante diretor.
A história, mostrava a dramática trajetória de Laura (Gene Tierney), uma jovem publicitária que é vítima de um homicídio misterioso. A ação iniciava com o policial McPherson (Dana Andrews), investigando os suspeitos, todos amigos de Laura e que descrevem um pouco de sua movimentada existência.
Assim, enquanto vamos descobrindo juntamente com o investigador vários aspectos da vida da protagonista, como ele também nos fascinamos com sua personalidade. O interesse da parte do policial é tanto que chega a prejudicar suas investigações, mas então...
Quanto ao elenco, Gene Tierney precisava de um sucesso em sua carreira. Seu filho, portador de necessidades especiais estava internado e ela inicialmente recusara o papel, pois Laura aparecia pouco em cena. Andrews, que faz McPherson era mais afeito aos filmes de ação como os westerns e já atuara ao lado de Gary Cooper em “A Última Fronteira” (1940).

Por fim, a curiosidade em ver Vincent Price numa interpretação diferente das que o caracterizaram. Distante dos cientistas loucos e aristocráticos desequilibrados dos filmes de terror, ele interpreta Shelby Carpenter, um explorador de mulheres.
Já o diretor Preminger não foi também a primeira escolha para dirigir Laura. A Fox contratou Rouben Mamoulian para fezê-lo, pois Otto e o chefão da Fox, Darryl F. Zanuck nunca se entenderam. Mamoulian acabou sendo despedido ao teimar em contratar outro ator para viver Waldo Lydecker.
Preminger, que faria apenas a produção realizou um teste de câmera com Webb e levou o resultado a Zanuck, que admitiu que Clifton era o ator que buscavam. A resistência eram os maneirismos de Webb, que era homossexual.
Otto Preminger acreditava contudo, que o público perceberia de imediato quem era o vilão da trama, assim que visse em cena o ator escolhido por Mamoulian: Laird Cregar (ele havia interpretado Jack, the Ripper no filme “The Lodger”).
Recebeu o Oscar de melhor fotografia em preto e branco. Resumindo, atores certos para personagens inesquecíveis.
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Valeu pela dica Henrique!