
NÁUSEA
Por vários dias estive tomando medicação, supondo que a náusea que eu sentia devia-se ao período que estive hospitalizado, com grave infecção renal. Mas não era.
Descobri que a causa do meu mal estar é o nível da campanha eleitoral para a presidência da república do Brasil. O nível é o mais rasteiro que tive a oportunidade de presenciar em meus longos cinqüenta e sete anos de vida. O cheiro que exala é nauseabundo, como um cadáver putrefato. É o nível dos dois candidatos que restaram para a escolha dos brasileiros.
A desconstrução dos adversários é uma tática absolutamente natural em qualquer campanha. Mostrar erros e falhas dos adversários em seus mandatos anteriores é normal.
Aqui no RS, por exemplo, foram evidenciados o erro do PT dispensando a GM (que acabou beneficiando o crescimento da Bahia), os escândalos que cercaram a governadora Yeda e as promessas quebradas do ex-prefeito Fogaça. Normal.
Anormal é tentar enlamear a vida privada dos adversários, expondo seus familiares a agressões por opção sexual, declaração de renda, falências pessoais, a até agressões físicas. Isso é de uma sordidez inominável.
Os grandes problemas que ainda precisamos enfrentar (educação, segurança pública, saneamento básico, habitação, emprego) ficaram em último plano. O “debate” dos dois candidatos é sobre as mazelas do adversário.
A mim pouco interessa se um candidato é homem ou mulher, branco ou negro, homo ou hetero, ateu ou crente. Interessa o que foi capaz de realizar em gestões anteriores, para que eu possa avaliar o que poderá fazer em uma gestão futura.
Mas, sem dúvida, a pior faceta dessa reta final foi os dois candidatos tentando aliciar os votos dos crentes, fingindo-se religiosos, mudando posições consagradas, beijando Bíblias e crucifixos. Absolutamente lamentável.
Preocupa-me sobremaneira nosso futuro, pois quem quer que seja eleito deixa-me a impressão de que as pessoas votarão no “menos pior”, e que a possibilidade de votar no melhor, alguém que pudesse trazer um novo olhar sobre as mazelas brasileiras e encaminhar o futuro que merecemos ter, não faz parte das opções de que dispomos.
Que pena.
Descobri que a causa do meu mal estar é o nível da campanha eleitoral para a presidência da república do Brasil. O nível é o mais rasteiro que tive a oportunidade de presenciar em meus longos cinqüenta e sete anos de vida. O cheiro que exala é nauseabundo, como um cadáver putrefato. É o nível dos dois candidatos que restaram para a escolha dos brasileiros.
A desconstrução dos adversários é uma tática absolutamente natural em qualquer campanha. Mostrar erros e falhas dos adversários em seus mandatos anteriores é normal.
Aqui no RS, por exemplo, foram evidenciados o erro do PT dispensando a GM (que acabou beneficiando o crescimento da Bahia), os escândalos que cercaram a governadora Yeda e as promessas quebradas do ex-prefeito Fogaça. Normal.
Anormal é tentar enlamear a vida privada dos adversários, expondo seus familiares a agressões por opção sexual, declaração de renda, falências pessoais, a até agressões físicas. Isso é de uma sordidez inominável.
Os grandes problemas que ainda precisamos enfrentar (educação, segurança pública, saneamento básico, habitação, emprego) ficaram em último plano. O “debate” dos dois candidatos é sobre as mazelas do adversário.
A mim pouco interessa se um candidato é homem ou mulher, branco ou negro, homo ou hetero, ateu ou crente. Interessa o que foi capaz de realizar em gestões anteriores, para que eu possa avaliar o que poderá fazer em uma gestão futura.
Mas, sem dúvida, a pior faceta dessa reta final foi os dois candidatos tentando aliciar os votos dos crentes, fingindo-se religiosos, mudando posições consagradas, beijando Bíblias e crucifixos. Absolutamente lamentável.
Preocupa-me sobremaneira nosso futuro, pois quem quer que seja eleito deixa-me a impressão de que as pessoas votarão no “menos pior”, e que a possibilidade de votar no melhor, alguém que pudesse trazer um novo olhar sobre as mazelas brasileiras e encaminhar o futuro que merecemos ter, não faz parte das opções de que dispomos.
Que pena.
Comentários