
EUA , 2010 - 108 min.
Drama
Direção: Darren Aronofsky
Elenco: Natalie Portman, Mila Kunis, Vincent Cassel, Barbara Hershey, Winona Ryder, Benjamin Millepied, Ksenia Solo, Kristina Anapau
Cada vez mais eu fico louco para ver o próximo filme do Wolverine.
Não só por ser mais um filme de um dos melhores personagens de HQs.
Não só por ser baseada em uma das melhores histórias do personagem, escrita e desenhada respectivamente pelos gênios Chris Claremont e Frank Miller - e adaptada por um dos melhores roteiristas de Hollywood, Christopher McQuarrie.
Não só por ter de volta o grande Hugh Jackman no papel icônico.
Mas sim, principalmente, por saber que a cabeça por trás dessa 5ª aventura envolvendo o mutante canadense, será a do diretor Darren Aronofsky.
Junto com Christopher Nolan, ele é um dos grandes nomes que surgiu na última década em relação à habilidade em contar histórias complexas, mas com linguagem compatível com o grande público - e Aronofsky tem feito isso cada vez melhor.
Pi (1998), sua estreia, foi uma interessante história sobre um matemático que fica obcecado pela resolução de uma fórmula que explicasse todas as coisas.
Réquiem Para um Sonho (2000), baita filme, foi um mergulho sombrio em um universo de sonhos e desesperaças.
A Fonte da Vida (2006) é o único dele que não tenho opinião totalmente formada. Por ser hermético demais, é daqueles que tem de ser visto mais de uma vez para melhor formação de conceito - e eu não o revi.
O Lutador (2008), a redenção de Mickey Rourke, era até então seu melhor filme, contando a vida sofrida de um lutador de luta-livre em decadência.
Só que aí, o cara me vem com esse Cisne Negro. Putz, é fabuloso, não tem outro adjetivo para descrevê-lo.
Grande diretor de atores que é, Aronofsky tira uma interpretação histórica de Natalie Portman, que já fez grandes papeis, mas nada parecido com esse, com um grau de complexidade tão grande, com tantas camadas a serem organizadas e expostas no momento certo.
A história de Nina, bailarina reprimida pela mãe e que tem na atuação dúbia do Grande Cisne (Branco e Negro, gêmeos opostos), a oportunidade de soltar as amarras da sua personalidade é conduzida à perfeição por Aronofsky.
Ele viaja na mente de Nina, nos fazendo entrar nos seus devaneios, mas sem nunca querer enganar o espectador, truque barato de cineastas que apenas soltam ideias e covardemente não as completam (como por vezes Lynch e Haneke fazem).
Minha concepção de cinema é a de ver uma história bem contada em torno de duas horas. E Cisne Negro mesmo com todas suas pirações, faz isso magistralmente, com início, meio e fim.
Fantástico! E que venha o Wolverine de Aronofsky!
Nota: 10!
Cotação no IMDb: 8.5 (90.962 votos)
Trailer sem legendas
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Comentários
Pra mim, o Oscar desse ano foi uma piada mal contada, quando o premio de melhor filme nao foi pro "Cisne Negro"
O academia nao esta preparada pro brilhantismo desse mestre que é o Aronofsky
Filme mais q perfeito