
Claro que com algumas das minhas já famosas regrinhas:
- Não vale discos acústicos, ao vivo ou qualquer outro tipo de coletâneas ou regravações, senão fica fácil fazer disco bom;
- Só vale um disco por artista;
- E óbvio, não vale nenhum disco dos Beatles, porque eles são hors-concours e eu teria um ataque em ter que escolher apenas um dos discos deles...
- Powerslave, o melhor disco do Iron Maiden, uma das minhas bandas prediletas;
- Mamonas Assassinas e seu único disco;
- V.I.B.E. do L.S. Jack, banda que já comentei o quanto gosto, aqui no blog;
- Várias Variáveis do Engenheiros, disco que semana passei dei grande destaque no Mete o Rock!
- Autorretrato do Kleiton e Kledir, cujo maravilhoso DVD é a melhor babá do meu filho quando ele está inquieto...
- E From The Cradle, discaço de blues, cantado pelo negão travestido de branquelo inglês, Eric Clapton. Aliás, esse disco será o tema do meu próximo Mete o Rock!. Aguardem.
Homenagens rendidas, vamos lá com os Melhores Discos de Ponta-a-Ponta:

Raul Seixas é o maior roqueiro brasileiro de todos os tempos e sou absolutamente fascinado pela sua música. Junto com Beatles, Ramones, Iron e Legião Urbana, forma o pentateuco musical do meu coração.
Esse disco, onde quase todas canções são escritas em parceria com o, hoje, superbestseller e imortal da ABL, Paulo Coelho, é o seu maior sucesso comercial.
Nem poderia ser diferente. Tem tantos clássicos do rock nacional como "Gita," "Sociedade Alternativa", "Medo da Chuva", "Trem das 7", entre outras, que seria impossível passar despercebido...

Tem quem curta mais os primeiros discos dos Ramones, mas eu acho Mondo Bizarro, que foi dos seus derradeiros, um álbum excepcional, onde todas as canções tem uma pegada perfeita, dando ao punk uma cara comercial, sem perder seu instinto básico de anarquia.
"Poison Heart", "Strength to Endure" e "I Won't Let It Happen" são as melhores de um disco que acho que nunca vou cansar de ouvir.

Quando meu primo Pablo me emprestou dois CDs da "nova banda do André Matos", ex-Viper, eu já suspeitava que seria bom.
Mas Angels Cry e especialmente Holy Land superaram todas as minhas espectativas.
Melodias clássicas, misturadas a um power metal da melhor qualidade e ainda com os vocais fantásticos de Matos, o Angra ganhou em mim, um grande fã da banda.
E esse disco em especial, temático, com suas músicas remetendo-nos ao tempo do Brasil recém-descoberto, é uma miscelânea de sons tupiniquins, com europeus do início da Idade Moderna, uma coisa incrível de ser elaborada com a qualidade que foi feita.
Ah, e ainda tem "Make Believe", uns dos raríssimos metais a entrar na disputa de Melhor Clip do Ano na MTV em 1997. Mesmo pra quem não curte metal, recomendo, no mínimo pela curiosidade de ver algo tão inusitado e bom ao mesmo tempo.

Talvez até não seja o melhor disco do U2 - a maioria acha que Joshua Tree é sua obra máxima -, mas é um disco tão bom de ser ouvido do início ao fim, que acho que se encaixa melhor na proposta dessa lista.
Joshua Tree tinha alguns dos megaclássicos deles, mas tinha também algumas músicas que eu acho meia-boca, enquanto Atomic Bomb mantém um padrão ótimo durante todas as faixas.
E Bomb também tem fantásticas canções como "Vertigo", "City of Blinding Lights" e "All Because of You". Fãs xiitas que me perdoem, mas é o meu gosto.

Tequila Baby para mim, é assim: o presente que Deus deu aos punk rockers para compensar o fim dos Ramones.
Punk Rock Até Os Ossos é uma obra-prima do rock que não quer ser nada além de diversão e doideira para sacudir a cabeça e pular como um maluco.
Toda vez que eles vêm a Pelotas, eu tenho um compromisso comigo mesmo de obrigação em comparecer e me misturar à Roda Punk.

Tanto já foi dito desse disco que não sei se tenho muito a acrescentar.
Eleita melhor capa de todos os tempos pela Rolling Stone, Disco Top 10 no Hall da Fama do Rock, 26 milhões de discos vendidos em todo o mundo...
Eu sou dos que ficaram perplexos com o som daqueles sujões grunge e que resolveu aprender a tocar violão só pra fazer aquele solinho de baixo de "Come As You Are"...
Kurt Cobain 4ever!!!

"Parece cocaína, mas é só tristeza"...
Já começa genial e só faz melhorar até o seu final, esse para mim, é disparado o melhor disco da Legião Urbana.
Tem grandes bandas que não conseguem fazer tantas músicas fantásticas em toda sua carreira, como o Legião fez apenas em Quatro Estações.
O Poeta do Rock estava explodindo de inspiração na época e o resultado é tudo isso aqui. "Há Tempos", "Pais e Filhos", "Meninos e Meninas", "Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto" e "Monte Castelo", tudo em um disco só!
E eu ainda sou apaixonado por "Sete Cidades", que não é tão falada, mas é maravilhosa e talvez seja a música do Legião que mais gosto.
Metallica na veia!
Bronze para o álbum que popularizou o heavy metal no mundo. Uma pancada sonora que misturava pauleiras e baladas com uma precisão nunca antes conseguida.
"Sad But True", "Wharever I May Roam"Enter Sandman", "Nothing Else Matters", "The Unforgiven". Como será que alguém consegue compôr tanta música espetacular em tão pouco tempo?
Black Album é monstro.
O mesmo que valeu para o Metallica, aqui vale para o Oasis.
Os irmãos Gallagher dizem que este disco só foi o que foi porque foi composto todo ao efeito de diversas substâncias ilícitas...
Não pretendo entrar no mérito da questão, mas a avalanche de canções espetaculares de Morning Glory merece mesmo um estudo.
"Wonderwall", "Champagne Supernova" e "Don't Look Back In Anger", alguns dos maiores rocks de todos os tempos, não se encontram em qualquer álbum da esquina.
Foi uma briga de foice pela prata, entre ele e o Black Album, mas deu Oasis pra deixar contentes meus bruxos Paulinho e o Thiago, felizardos que foram em um dos últimos shows dos caras, aquele aqui de POA...
Como um disco sem nome pode se tornar uma das obras mais cultuadas de toda história?
Talvez se só contivesse "Stairway to Heaven" no seu setlist, já desse para responder a essa pergunta.
Mas ainda tem "Black Dog", "Rock'n'Roll", "The Battle of Evermore", "Four Sticks"...
Quem nunca escutou esse disco, está cometendo um crime de lesa-rock'n'roll.
Imperdível!
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