
No que podia ser apenas uma bobagenzinha sobre um fenômeno de massas, David Fincher conseguiu criar um possível candidato ao Oscar.
Ele que saiu direto dos clips musicais para dirigir a ótima e subestimada terceira parte da saga Alien, foi empilhando grandes filmes um atrás do outro.
Se7en, Clube da Luta (esse eu não gosto tanto, mas tanta gente acha revolucionário que eu coloquei na lista), Quarto do Pânico, Zodíaco, Benjamin Button... o cara é muito fera mesmo, e em A Rede Social ele acertou mais uma vez.
A "saga" da criação do maior site de relacionamentos do mundo, o Facebook, cheia de meandros, acasos e trairagens é um prato cheio na mão de um diretor assim.
Com uma edição malandra, misturando o processo que os co-fundadores do site moveram contra Mark Zuckerberg (interpretado fantásticamente pelo, antes apenas simplório, Jesse Eisenberg) com cenas de como tudo começou, o filme tem um ótimo ritmo, deixando todo mundo vidrado durante toda exibição.
O ótimo elenco ainda tem o novo e promissor Homem-Aranha, Andrew Garfield (eu estava reticente, mas acho que o cara vai mandar muito bem na pele do aracnídeo) como o brasileiro Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook e um surpreendente Justin Timberlake, na pele do mother fucker, Sean Parker, criador do Napster.
Embora tenha tomado algumas liberdades artísticas importantes - Zuckerberg continua com a mesma namorada até hoje, o site de disputas entre mulheres nunca existiu, entre outras -, não chega a ser algo que atrapalhe o impacto que a veracidade da trama deveria ter.
História bacanérrima, contada por um dos melhores diretores da atualidade e com um baita elenco. Baita pedida, claro!
Nota: 8,5
Cotação no IMDb: 8.3 (49.788 votos)
Trailer legendado
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