
Hitchcock era conhecido por todos do meio cinematográfico como um diretor que conhecia tudo sobre a mecânica de se fazer um filme, quais as câmeras e lentes que deveriam ser utilizadas, etc.
Isso se explica lá no início da sua carreira, em 1920, quando ele começou aprendendo a criar roteiros, montagem, fotografia e se tornou assistente de direção. E claro, sua genialidade rapidamente foi notada e ele não tardou para passar à função principal.
Em 26 fez The Logder: A Story of the London Fog, filme inspirado no culto a Jack, o Estripador e que fez grande sucesso, já usando a fórmula clássica hitchcockiana do "homem errado na hora errada". (um parêntese: foi neste filme, que faltou um figurante e Hitch teve que fazer essa rápida aparição - gostando tanto da brincadeira que fez disso sua marca registrada).
Por causa desse filme, foi convidado para dirigir Chantagem e Confissão, que era para ser um filme mudo, mas no meio das filmagens, entusiasmados, os produtores resolveram transformá-lo no primeiro filme falado inglês. E a partir daí, a carreira de Hitch deslanchou nas terras da Rainha.
Fazendo um filme bom atrás do outro, com seu jeito totalmente peculiar de fazer cinema de entretenimento, chamou tanto a atenção, que logo em seguida foi levado aos EUA pelo mítico produtor David O. Selznick. Mas esse é assunto para o nosso próximo capítulo...
Chantagem e Confissão
Blackmail
Reino Unido, 1929 - 84 min
Suspense
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Anny Ondra, Sara Allgood, Charles Paton, John Longden, Donald Calthrop
Como dissemos acima, foi o primeiro filme inglês falado, uma honra que poucos sabem que coube a Alfred Hitchcock dirigir. É também o primeiro dos 18 filmes dele citados no livro 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer.
É uma trama de assassinato com vários desdobramentos, muito interessante. Nesse tipo de história, onde o texto é mais importante, sem tanta ação, a mão do Mestre se sobressai e a obra sobrevive melhor ao tempo.
Os atores são bacanas e os personagens bem elaborados, em um roteiro sem mocinhos, aspecto que muito me agrada. E tem momentos hitchcockianos sensacionais como a personagem principal, depois de ter cometido o crime, tendo alucinações e em tudo enxergando o seu ato. Muito bom!
Mesmo para um filme feito há mais de 80 anos, tem tensão em boa dose e nos deixa loucos para saber como vai terminar. Belo cartão de visitas.
Para quem tem curiosidade, esse filme está na integra no YouTube (link ali embaixo), em um vídeo único, coisa que eu nem sabia que existia - pena que obviamente, o filme vem sem legendas...
Ponta do Hitch: nível facílimo (embora ele ainda tenha cabelos e não aquela cara bonachuda e careca clássica que conhecemos). Sentado no metrô, brigando com um menino aos 11 min.
Nota: 7,0
Cotação no IMDb: 7.0 (3.488 votos)
Filme na íntegra
Isso se explica lá no início da sua carreira, em 1920, quando ele começou aprendendo a criar roteiros, montagem, fotografia e se tornou assistente de direção. E claro, sua genialidade rapidamente foi notada e ele não tardou para passar à função principal.
Em 26 fez The Logder: A Story of the London Fog, filme inspirado no culto a Jack, o Estripador e que fez grande sucesso, já usando a fórmula clássica hitchcockiana do "homem errado na hora errada". (um parêntese: foi neste filme, que faltou um figurante e Hitch teve que fazer essa rápida aparição - gostando tanto da brincadeira que fez disso sua marca registrada).
Por causa desse filme, foi convidado para dirigir Chantagem e Confissão, que era para ser um filme mudo, mas no meio das filmagens, entusiasmados, os produtores resolveram transformá-lo no primeiro filme falado inglês. E a partir daí, a carreira de Hitch deslanchou nas terras da Rainha.
Fazendo um filme bom atrás do outro, com seu jeito totalmente peculiar de fazer cinema de entretenimento, chamou tanto a atenção, que logo em seguida foi levado aos EUA pelo mítico produtor David O. Selznick. Mas esse é assunto para o nosso próximo capítulo...

Blackmail
Reino Unido, 1929 - 84 min
Suspense
Direção: Alfred Hitchcock
Elenco: Anny Ondra, Sara Allgood, Charles Paton, John Longden, Donald Calthrop
Como dissemos acima, foi o primeiro filme inglês falado, uma honra que poucos sabem que coube a Alfred Hitchcock dirigir. É também o primeiro dos 18 filmes dele citados no livro 1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer.
É uma trama de assassinato com vários desdobramentos, muito interessante. Nesse tipo de história, onde o texto é mais importante, sem tanta ação, a mão do Mestre se sobressai e a obra sobrevive melhor ao tempo.
Os atores são bacanas e os personagens bem elaborados, em um roteiro sem mocinhos, aspecto que muito me agrada. E tem momentos hitchcockianos sensacionais como a personagem principal, depois de ter cometido o crime, tendo alucinações e em tudo enxergando o seu ato. Muito bom!
Mesmo para um filme feito há mais de 80 anos, tem tensão em boa dose e nos deixa loucos para saber como vai terminar. Belo cartão de visitas.
Para quem tem curiosidade, esse filme está na integra no YouTube (link ali embaixo), em um vídeo único, coisa que eu nem sabia que existia - pena que obviamente, o filme vem sem legendas...
Ponta do Hitch: nível facílimo (embora ele ainda tenha cabelos e não aquela cara bonachuda e careca clássica que conhecemos). Sentado no metrô, brigando com um menino aos 11 min.
Nota: 7,0
Cotação no IMDb: 7.0 (3.488 votos)
Filme na íntegra
Comentários