
Sim, Walsh acabou de sair de duas gravidezes (argh! Eu sei que é o certo, mas que soa horrível, ah, soa...) e a May de lesão, estando bem fora de forma. E daí? Mesmo assim, foi uma baita pedreira.
Essa dupla americana é tão poderosa em tantos aspectos - Walsh, tem 1,91, bloqueia e ataca tão alto que perturba qualquer dupla e May é uma defensora sensacional e também, muito técnica no ataque, o que faz as duas terem uma simbiose quase imbatível, como os números delas mostram - que mesmo com todo o desconto que elas tiveram, ainda assim é terrivelmente difícil batê-las.
Eu sou fanzão da Larissa, acho ela um monstro, defende e ataca demais, mas não curto muito a Juliana, não é tão alta, não bloqueia tanto e ainda erra muitos levantamentos.
Então, via de regra, a Larissa leva a Juliana nas costas e hoje quase não foi diferente. No set decisivo, a Larissa estava gastando a bola e a Juliana, mais ou menos - ainda errou dois saques não forçados, dando força para as bicampeãs olímpicas.
Mas ela se redimiu e com alguns pontos difíceis e decisivos, ajudou a grande companheira e juntas superaram essa grande dupla americana e conquistaram o título dessa etapa do circuito mundial.
O que significou isto? Que essas estadunidenses mesmo mais velhas e com tantos títulos nas costas, continuam páreo duro de roer (em 17 confrontos com Juliana e Larissa, ganharam 12 vezes), mas que o Brasil também tem uma dupla muito forte e provavelmente elas se enfrentarão muitas vezes, que não importarão até Londres 2012.
Lá sim, o lugar onde a vitória de fato, terá valor histórico, ou por inscrever definitivamente as brasileiras no panteão do esporte nacional, ou por dar um tricampeonato praticamente inigualável às excepcionais Walsh e May.
Claro que há uma terceira alternativa, que é a de nenhuma dessas duplas seram campeãs olímpicas, mas alguém aí fora, acredita que isso possa acontecer?
Eu, não.
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