
Quando aconteceu, mês passado, o anúncio da aposentadoria do Ronaldo Fenômeno, lembrei da sua célebre parceria com o Rivaldo em 2002 e tive a ideia de fazer uma lista entre grandes duplas que já engrandeceram nosso esporte.
Lista dificílima, por sinal, porque só tem monstro sagrado. Mesmo com o futebol dominando a preferência nacional (mesmo a final do Campeonato Mundial de Vôlei ano passado, com o Brasil sendo campeão, a audiência foi menor que um jogo qualquer do Brasileirão, uma vergonha), há muitos atletas que tiveram tanto destaque nas suas respectivas áreas, que mereceram um posto bem alto na nossa lista.
Para eletizar um pouco mais esse rol, colocamos apenas duplas que tenham sido campeãs mundiais e/ou olímpicas, o que tirou da briga grandes parcerias como Oscar e Marcel e Adriana Behar e Shelda (foram campeãs mundiais, mas não olímpicas, então ficam atrás de Jack e Sandra, que acabaram dentro da lista).
Então, vamos lá às Melhores Duplas do Esporte Brasileiro em Todos os Tempos!

Não chega a ser uma dupla propriamente dita, mas os dois símbolos máximos de uma equipe (que ao longo dos anos foram várias) e que permearam com sua qualidade espetacular, um ciclo de mais de uma década de um predomínio jamais visto entre os esportes coletivos na história.
Bernardinho, o comandante incansável, absurdamente meticuloso e com um poder que só ele parecer ter, de tirar sempre o máximo e mais um pouco de seus jogadores.
Giba, é o Davi entre os Golias, a técnica que sobrepuja a força, um estio de talento entre tantos gigantes de cabeça oca.
A parceria já tem data para terminar, em Londres, 2012 e independente do resultado, já deixa saudades.

Desde a vitória na Copa América de 89, título que o Brasil não ganhava há 40 anos, já se sabia que essa dupla ia dar samba.
Os nossos atacantes do Tetra foram fundamentais para aquela suada conquista e firmaram de vez seu nome em conjunto no cenário esportivo brasileiro.
Inesquecíveis.

Impossível não listar em um rol desses, as primeiras mulheres brasileiras a ganharem ouro olímpico.
Jackie e Sandra dominaram os primóridios do vôlei de praia e foram indiscutivelmente a grande dupla do início dos anos 90 - só superadas depois por Adriana Behar e Shelda e estas por Walsh e May.
Sandra inclusive foi eleita pela Federação Internacional de Voleibol, como a maior jogadora do esporte nos anos 90.

Na sequência, vem outra dupla de vôlei, e melhor ranqueada, pois subiu duas vezes no pódio olímpico, ouro em Atenas, 2004 e bronze em Pequim, 2008.
Ricardo ainda foi prata em Sidney, 2000 em parceria com Zé Marco.
Na minha opinião, Emanuel é o maior jogador deste esporte em toda história - fora isso, ainda é casado com a Leila, ou seja: é o cara!

Tá aí o motivo da lista. Olha os dois carecas que só me lembram números: Pentacampeonato, 13 gols na Copa, 4 títulos de Melhor Jogador do Mundo juntos...
Feliz do país que abriga dois gênios desse calibre e ainda por cima, na mesma época.
Depois deles, ter que torcer por Robinho e Luís Fabiano é complicado...

Em um esporte nada popular, eles conseguem ser reconhecidos nacionalmente como grandes integrantes da classe.
Bicampeões olímpicos, Atlanta, 1996 e Atenas, 2004, eles elevaram o Brasil ao patamar mais alto do iatismo na classe star, sendo praticamente imbatíveis durante anos a fio.
E Torben sozinho, simplesmente é o maior atleta olímpico da nossa história com 5 medalhas, 2 ouros, 1 prata e 2 bronzes.

Parceria das boas, essa.
Em 70 e 74, Zagallo técnico, Parreira preparador físico. Em 1994 e 2006, Parreira técnico e Zagallo, coordenador técnico.
Nessa brincadeira, duas Copas no bolso e alguns dos melhores momentos do nosso esporte.
Competência e idoneidade a toda prova.
Ê, saudade...
Depois de Ayrton Senna, esses eram os caras que nos faziam acordar cedo nos domingos para torcer por eles.
Mais que uma relação entre técnico e pupilo, Larry e Guga deixavam transparecer todo amor, respeito e admiração que tinham um pelo outro. Em todo o século passado, só tivemos ele e Maria Esther Bueno honrando nossa camiseta neste esporte.
Além disso, Guga possuía um carisma extraordinário, o que o credenciou a ser mais que o grandessíssimo atleta que foi: ele foi genuinamente um ÍDOLO. E isso, às vezes, nem todos títulos do mundo dão a desportista.
Paula e Hortência
O que falar delas? Ganharam até beijinhos do Fidel, mesmo derrotando a fortíssima seleção cubana no Pan de Havana em 1991...
Mas seu auge foi 3 anos depois, no Mundial da China, 1994. Brasil, campeão mundial inédito com Hortência, Cestinha do Torneio e Paula, escolhida a Melhor Jogadora.
Pena não terem ganho a Olímpiada seguinte, em Atlanta, 96. Ficaram só com o vice na ocasião, mas nossos corações jamais esquecerão da grande dupla do basquete brasileiro em todos os tempos.
Pelé e Garrincha
Até aqui, o Rei bate cartão.
Fora duas Copas seguidas onde fizeram 11 gols e barbarizaram adversários, foram eleitos para as seleções do torneio, etc, há outro aspecto ainda mais impressionante e que elucida bem, o que foi esta dupla vestindo a amarelinha:
COM PELÉ E GARRINCHA EM CAMPO, A SELEÇÃO BRASILEIRA JAMAIS PERDEU UMA PARTIDA.
Precisa dizer mais alguma coisa?
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