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Findi futebolístico medonho

Tudo virado do avesso ontem.

Inter, Seleção sub-20 e até o Pelotas (este, em casa) perderam ontem. Que pavor. (o Grêmio ganhar não está na parte ruim, para mim. Não torço para eles óbvio, mas não fico secando; cada um no seu quadrado).

O Inter, é chover no molhado. Celso Roth é um técnico covarde em vários sentidos e conseguiu jogar fora quase tudo que ele conquistou nos quatro jogos finais da Libertadores.

Covarde por ter medo de lançar jogadores jovens. Isto é notório na biografia dele. Ontem, ele acrescentou um novo capítulo nesta sua característica; chegou ao desplante de dizer que o recém-contratado Alex "está longe de ser o que nós precisamos".

Poxa, ele simplesmente liquidou o guri. Com que confiança entra um cara desses em campo agora?

Covarde também, por jogar contra o grande Veranópolis com apenas um atacante. Covarde por terminar o jogo com 3 volantes, covarde por... deixa pra lá. Como eu disse, falar sobre o Inter do Roth, é chover no molhado.

A sorte é que tem tantos jogadores bons na mão dele, que quando todos estiverem a disposição, é difícil o time não jogar pelo menos, bem.

A sub-20, foi vítima do efeito borboleta.

Simplesmente a idiotice, burrice, imaturidade absurda de um jogador apenas, o Juan do Inter, que era um dos melhores jogadores do time, pode ter posto a vaga olímpica fora.

Apenas um ato dele desencadeou consequências terríveis imediatas e vamos ver ainda, a médio e longo prazo.

O soco que ele deu no argentino, que virou pênalti seguido de gol portenho e expulsão, condenando o time a jogar quase todo o jogo com um a menos, foi um exemplo claro de como o futebol é o esporte mais fácil de ser desequilibrado.

O Brasil é muito, mas muito melhor que esse time meia-boca e até medroso da Argentina. Tanto que mesmo com um mais durante 85 minutos, o Brasil foi melhor que eles quase sempre.

Só que além do Juan, o Casemiro cometeu também um erro grotesco ao errar uma saída de bola ao chão (!), que acabou caindo no pé do único jogador decente da Argentina, acabando no 2º gol dos hermanos, o gol que liquidou moralmente o Brasil, depois de heroicamente ter conseguido empatar a partida.

E a terceira coisa ruim, foi o despreparo emocional do Neymar, que, sim, apanhou horrores, como de praxe, mas também se atirou muito, muito, muito e reclamou acintosamente muito, muito, muito, também.

Tanto fez, que conseguiu tomar o cartão amarelo que o tirou da próximo e decisivo jogo contra o Equador. Inadmissível para um jogador mesmo jovem, já rodado como ele.

Ou seja, na sua primeira real partida decisiva com a camiseta da Seleção, ele falhou.

As circunstâncias eram totalmente adversas? Sim. Mas no final das contas, se ele não fez o que se espera dele com a bola nos pés pelas imensas dificuldades nas quais o Juan colocou todo o time, pelo menos, controle emocional, ele era obrigado a ter. E não teve.

Que sirva de lição. Tomara, apenas que não seja uma lição tão dura quanto ficar de fora das próximas Olimpíadas. Porque essa, nós brasileiros já tivemos em 2004 com a grande geração de Robinho, Diego, Nilmar e cia e foi pesadíssima.

E o Pelotinhas, coitado, vai mal das pernas e ainda pior, joga contra o Inter C no próximo domingo, o que pelo que se viu ontem, do A, deve ser desvantajoso para o áureo-cerúleo - possivelmente melhor para eles teria sido jogar contra o time do Roth, o covarde...

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